..::Tears, Idle Tears::..

by - 1:07 PM

Achei na biblioteca um livro com os 500 melhores poemas de língua inglesa, e não dá pra esconder que eu tenho uma queda pela poesia inglesa, portanto, vocês vão ver aqui, nas minhas próximas postagens os meus favoritos, começando por Tears, Idle Tears de Alfred, Lord Tennyson.

Tears, idle tears. I know not what they mean,
Tears from the depth of some divine despair
Rise in the heart, and gather autumn-fields,
And thinking of the days that are no more. 

Fresh as the first beam glittering on a sail,
That brings our friends up from the underworld,
Sad as the last which reddens over one
That sinks with all we love below the verge;
So sad, so frash, the days that are no more.

Ah, sad and strange as in dark summer dawns
The earliest pipe of half-awakened birds
The dying ears, when unto dying eyes
The casement slowly grows a glimmering square;
So sad, so strange, the days that are no more.


Daer as remembered kisses ofter death,
And sweet as those by hopeless fancy feigned
On lips that are for others; deep as love,
Deep as frist love, and wild with all regret;
O Death in Life, the days that are no more.
from The Princess


Lágrimas, Inúteis Lágrimas 



Lágrimas, inúteis lágrimas,
Não sei o que significam,
Lágrimas vindas do fundo
De alguma aflição sublime
Emergem no coração,
E chegam até os olhos,
Vendo os alegres campos outonais
E pensando nos dias que não mais existem.

Novas qual primeiro raio
Cintilando numa vela,
Que traz aqui para cima
Os amigos do submundo,
Tristes como as derradeiras
Que fazem corar alguém
Que afunda com tudo o que amamos sob a borda;
Tão tristes, estranhos dias que não mais existem.

Tristes e estranhas como em
Sombria alba de verão
Primeiro pio de aves semilúcidas
Para ouvidos moribundos,
Quando pra olhos decadentes
Lentamente a janela desenvolve
Um quadrado de luz tênue;
Tristes, estranhos dias que não mais existem.

Diletas tal qual os beijos
Na memória após a morte,
E suaves como aqueles
Que em afeto sem fé fingem
Nos lábios que são para outros;
Profunda como é o amor,
Como é primeiro amor, e insano com toda a pena;
Ó Morte em Vida, os dias que não mais existem!

Fontes: 
Harmon, William. The Top 500 Poems. New York: Columbia University Press, 1992.

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2 comments

  1. Fine blog, congratulations!

    Só está faltando uma linha do poema, provavelmente saltada na hora de digitar:

    "rise in the heart and gather to the eyes/on looking on these happy autumn fields"

    É mais ou menos isso, mas é melhor conferir.

    *****

    Vim dar no seu blog procurando fotos antigas de Bragança Paulista, para imprimir para minha avó, que nasceu lá em 1936.

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  2. Ahh ... Obrigada por avisar... nem tinha reparado :)

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