tumblr instagram
  • Home
  • Book Reviews
  • Posts em Português
  • Inspiration
    • Poetry
    • Art
    • Books
  • About
  • Contact

..::Chão de Versos::..


Rosas

Alphonsus de Guimarães


Rosas que já vos fostes, desfolhadas
Por mãos também que Já foram, rosas
Suaves e tristes! Rosas que as amadas,
Mortas também, beijaram suspirosas...

Umas rubras e vãs, outras fanadas,
Mas cheias do calor das amorosas...
Sois aroma de almofadas silenciosas,
Onde dormiram tranças destrançadas.

Umas brancas, da cor das pobres freiras,
Outras cheias de viço de frescura,
Rosas primeiras, rosas derradeiras!

Ai! Quem melhor que vós, se a dor perdura,
Para coroar-me, rosas passageiras,
O sonho que se esvai na desventura ?
12:40 PM No comments
Nesta Medonha Carruagem...

Alphonsus de Guimarães

Quando chegaste, os violoncelos
Que andam no ar cantaram hinos.
Estrelaram-se todos os castelos,
E até nas nuvens repicaram sinos.
Foram-se as brancas horas sem rumo.
Tanto sonhadas! Ainda, ainda
Hoje os meus pobres versos perfumo
Com os beijos santos da tua vinda.
Quando te foste, estalaram cordas
Nos violoncelos e nas harpas...
E anjos disseram : – Não mais acordas,
Lírio nascido nas escarpas!
Sinos dobraram no céu e escuto
Dobres eternos na minha ermida.
E os pobres versos ainda hoje enluto
Com os beijos santos da despedida.
12:36 PM No comments
Ontem eu estava ouvindo umas Lieds do Schubert, tem uma que é baseada em um poema do Goethe, ErlKönig ou O Rei dos Elfos, a Lied tem tudo a ver com o poema, é meio trágico, mas lá vai:

Erlkönig 
J. W. Goethe

Wer reitet so spät durch Nacht und Wind?
Es ist der Vater mit seinem Kind;
Er hat den Knaben wohl in dem Arm,
Er faßt ihn sicher, er hält ihn warm.

"Mein Sohn, was birgst du so bang dein Gesicht?"
"Siehst, Vater, du den Erlkönig nicht?
Den Erlenkönig mit Kron und Schweif?"
"Mein Sohn, es ist ein Nebelstreif."

"Du liebes Kind, komm, geh mit mir!
Gar schöne Spiele spiel' ich mit dir;
Manch' bunte Blumen sind an dem Strand,
Meine Mutter hat manch gülden Gewand."

"Mein Vater, mein Vater, und hörest du nicht,
Was Erlenkönig mir leise verspricht?"
"Sei ruhig, bleib ruhig, mein Kind;
In dürren Blättern säuselt der Wind."

"Willst, feiner Knabe, du mit mir gehn?
Meine Töchter sollen dich warten schön;
Meine Töchter führen den nächtlichen Reihn,
Und wiegen und tanzen und singen dich ein."

"Mein Vater, mein Vater, und siehst du nicht dort
Erlkönigs Töchter am düstern Ort?"
"Mein Sohn, mein Sohn, ich seh es genau:
Es scheinen die alten Weiden so grau."

"Ich liebe dich, mich reizt deine schöne Gestalt;
Und bist du nicht willig, so brauch ich Gewalt."
"Mein Vater, mein Vater, jetzt faßt er mich an!
Erlkönig hat mir ein Leids getan!"

Dem Vater grauset's, er reitet geschwind,
Er hält in Armen das ächzende Kind,
Erreicht den Hof mit Müh' und Not;
In seinen Armen das Kind war tot.


O Rei dos Elfos

J. W. Goethe
Quem cavalga tão depressa através da noite e do vento?
O cavaleiro é um pai com o seu filho;
Leva o menino bem abraçado,
Segura-o com firmeza, mantendo-o agasalhado.
Meu filho, porque escondes tanto essa carinha?
Não vês tu, papai, o Rei dos Elfos,
com a coroa e o manto?
Meu filho, é apenas uma réstia de névoa.
 
Meu querido menino, vem comigo! Ah, vem comigo! Vens?
Brincarei contigo jogos bem divertidos;
Na margem tem muitas flores coloridas,
Minha mãe tem para ti muitos vestidos dourados.
Papai, Papai, tu não ouves
o que o Rei dos Elfos me promete baixinho?
Sossega, meu filho, fica sossegado:
É o vento que murmura nas folhas secas.
 
Queres vir comigo, meu bom rapaz?
Tenho filhas que tomarão bem conta de ti,
As minhas filhas conduzem as danças noturnas,
E assim te embalarão, a dançar e a cantar.
Papai, Papai, não vês
as filhas do Rei dos Elfos além, na escuridão?
Meu filho, meu filho, o que em torno se passa
É o brilho pardo dos salgueiros velhos.
 
Gosto de ti, dessa linda figura,
E se não vieres a bem, levo-te à força.
Papai, Papai, o Rei prendeu-me agora!
Ai! Quanto me magoou o Rei dos Elfos!
O pai assusta-se, cavalga velozmente,
Segura nos braços o filho que geme,
Chega a sua casa, cansado e apressado.
Nos seus braços vai já morto o menino.



 

6:40 PM No comments
Nel mezzo del camin...
Olavo Bilac


Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigada
E triste, e triste e fatigado eu vinha.
Tinhas a alma de sonhos povoada,
E a alma de sonhos povoada eu tinha...


E paramos de súbito na estrada
Da vida: longos anos, presa à minha
A tua mão, a vista deslumbrada
Tive da luz que teu olhar continha.


Hoje, segues de novo... Na partida
Nem o pranto os teus olhos umedece,
Nem te comove a dor da despedida.


E eu, solitário, volto a face, e tremo,
Vendo o teu vulto que desaparece
Na extrema curva do caminho extremo

5:32 PM No comments
Eu ia colocar aqui uns poemas do Keats, mas decidi colocar também umas breves observações  sobre a vida dele...

BIOGRAFIA
John Keats nasceu nos arredores de Londres no dia 31 de Outubro de 1795, tinha uma irmã e três irmãos, porém um morreu ainda criança, quando tinha cerca de oito anos, seu pai morreu em um acidente, no mesmo ano, sua mãe se casou novamente, mas logo depois se separou do marido e foi morar junto com sua mãe. 
Em 1810 sua mãe morreu deixando as crianças com a avô, que pagou outras pessoas, guardiões, para que cuidassem das crianças, sob a autoridade destas pessoas, John foi levado para a escola para aprender medicina e ser um cirurgião, porém, após brigar com o professor, Keats começou a estudar em um hospital em Londres. Entretanto, em 1814 ele sacrificou a medicina e passou a se dedicar a literatura, logo se familiarizou com grandes artistas de sua época, como Leigh Hunt, Percy B. Shelley e Benjamin Robert Haydon, em 1816, Hunt o ajusou a publicar seu primeiro poema em uma revista, dois anos depois, um livro intitulado "Poemas" com cerca de trinta sonetos.
Em 1817 viajou para a ilha de Wight durante a primavera, no verão foi para Oxford com o amigo Benjamin Bailey, e escreveu o "Endymion". Fez também uma viajem com Charles Brown, seu amigo pela Irlanda e pela Escócia, foi nesta época que apareceram os primeiros sintomas de tuberculose. Em 1818, seu irmão Tom morreu, assim se mudou para a casa de Brown em Hampstead Heath e foi lá que ele conheceu Fanny Brawne, por quem se apaixonou e dedicou poesias como Bright Star, entretanto, um sinal inconfundível de tuberculose desfez todos os planos que ele tinha para o futuro. No fim do verão de 1820, foi aconselhado pelos médicos a evitar o rigoroso inverno britânico, retirou-se então para a Itália, com seu amigo Joseph Severn, passaram por Nápoles e por Roma, ali sua saúde melhorou momentaneamente, mas o desfecho desta melhora foi sua morte no dia 23 de Fevereiro de 1821, foi enterrado no Cemitério Protestante, onde, em sua lápide está escrito: "Here lies one whose name was writ in water" (Aqui jaz alguém cujo nome está escrito na água).













Brilho de Uma Paixão

Em 2010 fizeram um filme contando a história de amor de Keats e Fanny (é uma pena que eu tenha acabado de contar o fim da história)... Mas, tudo bem...
Em inglês o filme leva o nome do poema Bright Star, dedicado à Fanny. 





Bright Star


Bright star, would I were stedfast as thou art--
Not in lone splendour hung aloft the night
And watching, with eternal lids apart,
Like nature's patient, sleepless Eremite,
The moving waters at their priestlike task
Of pure ablution round earth's human shores,
Or gazing on the new soft-fallen mask
Of snow upon the mountains and the moors--
No--yet still stedfast, still unchangeable,
Pillow'd upon my fair love's ripening breast,
To feel for ever its soft fall and swell,
Awake for ever in a sweet unrest,
Still, still to hear her tender-taken breath,
And so live ever--or else swoon to death



Estrela Brilhante (tradução)

Estrela brilhante- quisera fosse inabalável como tu és-



Nem diante do solitário esplendor protelarias a noite

E observando, com eterna indiferença
Como paciente da natureza, o insone eremita,
O movimento das águas na sua religiosa tarefa
De purificar os confins dos mares, toldados pelos homens,
Ou fixar-se sob a máscara suavemente caída
No cume das montanhas e da terra infértil;
Não. Mas ainda inabalável, ainda imutável,
Repousaria sobre o seio maduro do meu justo amor,
Para sentir sempre a sua macia imensidão e
Despertar para sempre em uma doce inquietude,
Ainda, ainda a ouvir o seu suave respirar,
E assim vive-se para sempre ou agoniza-se até a morte.
Manuscrito do Poema Bright Star


Cartas
A carta abaixo foi escrita por Keats, destinada a Fanny em Dezembro de 1818, no site oficial do poeta tem várias cartas e outro tem os manuscritos, vale a pena ver...




Bibliografia

http://englishhistory.net/keats/manuscripts.html
http://www.john-keats.com/


PS: Essa postagem vai pra minha irmã Alice, que gosta dos poemas de Keats e do filme também... :-P

12:30 PM 1 comments
Postei no blog de Literatura Portuguesa da minha sala um texto pequenininho sobre Tristão e Isolda... 


Pelas águas e terras da Literatura Portuguesa

1:30 PM No comments
Newer Posts
Older Posts

About me


My name is Ana, a Brazilian living and studing literature in Germany.

Follow Us

Labels

#tbr Adélia Prado Alfred Lord Tennyson Alphonsus de Guimarães Antonie de Saint-Exupéry Ariane Alves dos Santos Arte Augusto dos Anjos Beirut Biografias Black Woman Writers Book Reviews Carlos Drummond de Andrade Castro Alves Cecília Meireles Charles Baudelaire Citações Claude Debussy Coldplay Compositores Concursos de Poesia Cora Coralina Esquina da Memória Estrada Real Eu =P Fernando Pessoa Ferreira Gullar Filmes Fotos Fotos Antigas de Bragança Galeria Grace Nichols Guilherme de Almeida Ian McEwan Isabella Whitney J. W. Goethe John Keats José Gomes Ferreira Leopoldina Livros Luís de Camões Machado de Assis Manoel Bandeira Manuel Bandeira Mário de Andrade Markus Zusak Matias Barbosa Música Olavo Bilac Outras Coisinhas Pablo Neruda Paulo Mendes Campos Pimenta Bueno Pinturas Poemas Poesia Português Resenhas Robert Frost Um Retrato Vídeos Walt Whitman Yann Tiersen Young Adult

recent posts

Blog Archive

  • ►  2020 (9)
    • ►  September (2)
    • ►  April (1)
    • ►  March (3)
    • ►  February (3)
  • ►  2014 (3)
    • ►  May (3)
  • ►  2013 (1)
    • ►  January (1)
  • ►  2012 (8)
    • ►  October (3)
    • ►  April (3)
    • ►  January (2)
  • ▼  2011 (40)
    • ►  December (8)
    • ►  November (6)
    • ►  October (4)
    • ►  September (5)
    • ►  August (1)
    • ►  July (1)
    • ►  June (1)
    • ►  May (2)
    • ▼  April (6)
      • ..::Rosas::..
      • ..:: Nesta Medonha Carruagem::..
      • ..::Erlkönig::..
      • ..::Nel mezzo del camin.::..
      • ..::John Keats::..
      • Só pra divulgar:
    • ►  March (1)
    • ►  February (3)
    • ►  January (2)
  • ►  2010 (36)
    • ►  December (1)
    • ►  November (2)
    • ►  October (9)
    • ►  September (6)
    • ►  August (1)
    • ►  July (2)
    • ►  June (4)
    • ►  May (3)
    • ►  April (4)
    • ►  March (4)
FOLLOW ME @INSTAGRAM

Created with by ThemeXpose